Como a pirataria evoluiu dos camelôs para o streaming
Durante os anos 2000, era comum encontrar pirataria em CDs, DVDs com filmes recém-lançados e jogos de PlayStation 2 vendidos nas ruas. Apesar de ilegais, esses produtos faziam sucesso por um motivo claro: eram baratos e acessíveis. Muitos jovens tiveram seu primeiro contato com entretenimento por meio dessas cópias.
Com o tempo, no entanto, a pirataria deixou o mundo físico e ganhou força no ambiente digital. Plataformas clandestinas, aplicativos modificados e sites de streaming ilegal substituíram os antigos discos, mantendo o problema atual e relevante.
Impacto bilionário na economia
Embora muitas pessoas ainda considerem a pirataria como algo inofensivo, seus impactos são profundos. Estima-se que o Brasil perca cerca de R$ 300 bilhões por ano com a comercialização de produtos ilegais. Isso inclui desde conteúdo digital até eletrônicos e equipamentos sem certificação.
Além disso, a prática prejudica a geração de empregos formais, reduz a arrecadação de impostos e fortalece atividades criminosas. Dessa forma, o problema afeta não apenas empresas, mas também toda a sociedade.
Pirataria e o streaming: mais riscos do que se imagina
A crescente fragmentação dos serviços de streaming trouxe um novo obstáculo para o consumidor. Como resultado, muitos recorrem a sites ilegais para assistir a filmes e séries. A busca por economia, nesse caso, pode trazer consequências sérias.
Além de cometer um ato ilícito, o usuário fica vulnerável. Riscos como vazamento de dados, roubo de informações bancárias e infecção por malwares são comuns nesse ambiente. Portanto, o “gratuito” pode sair caro.
INATEL intensifica o combate à pirataria
Nesta semana, o Instituto Nacional de Telecomunicações (INATEL) coordenou uma operação importante contra o comércio irregular. Foram apreendidos diversos equipamentos eletrônicos, incluindo drones, celulares e rádios ilegais.
As apreensões ocorreram em depósitos ligados a marketplaces populares, como Mercado Livre, Amazon e Shopee. Embora essas plataformas não vendam diretamente os produtos, elas hospedam vendedores terceirizados, o que amplia a responsabilidade na fiscalização.
Ações da Anatel ajudam a reduzir consumo ilegal
De acordo com dados da Alianza, o número de residências brasileiras que consomem conteúdo pirata está diminuindo. Em 2023, eram 39,7% das casas conectadas. Em 2024, esse número caiu para 36,8%, entre os 43,9 milhões de domicílios com internet.
Esse recuo é resultado direto da atuação da Anatel, que tem intensificado as fiscalizações contra as TV boxes piratas. Essas pequenas caixas oferecem canais pagos de forma gratuita, o que atrai muitos usuários — mas também representa um foco de irregularidade.
O desafio permanece em aberto
Apesar das ações em andamento, o combate à pirataria ainda enfrenta barreiras complexas. Enquanto os serviços legais permanecerem caros ou pouco acessíveis, muitos consumidores continuarão buscando alternativas ilegais.
Nesse contexto, o desafio para as autoridades será encontrar soluções equilibradas. É necessário, ao mesmo tempo, reprimir o comércio ilegal e ampliar o acesso ao conteúdo por meios legais. Somente assim será possível mudar esse cenário no longo prazo.
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Escrito por Vitor D’assunção Leite Pimenta