Glauber Braga, agressão, jejum e plenário!
Na política, a gente já viu muita coisa: discurso inflamado, cartaz no meio do plenário, até dancinha no TikTok. Mas, nos últimos dias, o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) resolveu jogar no modo hard: entrou em greve de fome e acampou dentro da Câmara dos Deputados, no plenário. Literalmente. Ele está dormindo lá.
O motivo? O Conselho de Ética aprovou um parecer que pede a cassação do mandato dele, por conta de uma agressão realizada por ele, em que desferiu empurrões e chutes em um militante do MBL, dentro das próprias dependências do Congresso Nacional. Seus assessores se deram conta do seu descontrole e o seguraram para tentar impedir que ele continuasse com a agressão.
Em sua defesa, ele alega que está sendo perseguido por denunciar o famoso “orçamento secreto” e que essa cassação é um recado para quem ousa enfrentar os poderosos.
Desde então, Glauber está em jejum, tomando apenas água, isotônico e água de coco. Virou um protesto com o próprio corpo. E, vamos combinar: isso não é qualquer coisa.
Mas greve de fome (jejum) na política funciona?
Bom… às vezes, sim. Outras vezes, nem tanto. No Brasil, durante a ditadura, presos políticos entraram em jejum, e isso ajudou a pressionar pela Lei da Anistia. Em 2007, o bispo Dom Cappio ficou 24 dias sem comer contra a transposição do Rio São Francisco. Quando o atual presidente Lula foi preso, um pequeno grupo de seis pessoas fez uma greve de fome que durou 26 dias, pedindo a libertação do então presidiário. Fora do Brasil, também existem diversos relatos sobre greves de fome. Um grande exemplo disso foi Mahatma Gandhi, que usou essa tática várias vezes — e com impacto real. Jejum aqui é pau pra toda obra.
Glauber não é o primeiro, e provavelmente não será o último.
E o “acampar no Congresso”? Rola mesmo?
Sim, rola! Já virou cena repetida: político dormindo em gabinete ou plenário em protesto. É um jeito de dizer: “eu tô aqui, firme, não vou sair enquanto não me ouvirem”. No caso do Glauber Braga, virou quase um “BBB da Câmara”: colchão no chão, luz fluorescente e resistência.
E o que fica disso tudo?
A gente pode até debater se greve de fome é a melhor estratégia, mas não dá pra ignorar a mídia e a quantidade de cliques que ela atrai. Quando um deputado resolve abrir mão de comida e conforto para protestar, algo certamente não está normal. E, enquanto pessoas da direita afirmam que isso não passa de um show e uma tentativa de adiar a cassação do deputado por causa da agressão cometida por ele, outras pessoas da esquerda acreditam que esse seja um ato simbólico de protesto contra uma situação injusta que está ocorrendo.
No fundo, isso revela um Brasil onde a disputa política vai muito além dos discursos: vira batalha de narrativas, teatro, resistência física e, às vezes, até silêncio — o da fome.
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Escrito por Samuel Franco